JOSÉ ANTÔNIO CAVALCANTI
IRREPARÁVEL
José Antônio Cavalcanti
Tudo é assim
e o ser-assim de tudo
pulsa em mínimo estado
dentro e fora de mim.
Círculo entre o início e o fim
a carta do caos e do cosmos
é assim:
escrita da indiferença derrama
ausência de refúgio ou de rumo;
as coisas todas serão
as sílabas já silenciadas
e a nascente das palavras.
Partículas perdidas
entre o poder não ser
e o não poder não ser,
as coisas, os seres, o mundo
(teus beijos e teu perfume)
são exatamente assim:
primitivos e modernos,
provisoriamente eternos.
Na beleza das metáforas o possível e o inatingível.
ResponderExcluirabraços e bom final de semana.
Mai, o gostoso de lançarmos apelos em garrafas é que do outro lado do oceano pessoas generosas - como você - acolhem nossos textos.
ResponderExcluirUm abraço e um excelente (e prolongado) final de semana.