Jacques Derrida
“Cada poema é uma ressurreição, mas que nos engaja com um corpo vulnerável que pode ser novamente esquecido. Creio que todos os poemas de Celan permanecem, de certa forma, indecifráveis, guardam algo de indecifrável, e o indecifrável pode igualmente exigir interminavelmente uma espécie de reinterpretação, de ressurreição, de novos sopros de interpretação, ou muito pelo contrário, perecer, deperecer novamente. Nada garante um poema contra sua morte, seja porque seu arquivo pode ser sempre queimado em fornos crematórios ou em incêndios, seja porque, sem ser queimado, pode ser simplesmente esquecido, ou não interpretado ou letargizado. [...]”
In DERRIDA, Jacques. Gramatologia Tradução de Miriam Schnaiderman e Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Editora Perspectiva e Editora da Universidade de São Paulo - Coleção Estudos, 1973, pp. 14-15.
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