Manuel Bandeira - "tradução pra caçanje"




No artigo "Duas Traduções para Moderno Acompanhadas de Comentário," da seção "Mês Modernista" do jornal A Noite, publicado em 1925, Manuel Bandeira transcreveu  os seguintes versos de Joaquim Manuel de Macedo:

Mulher, irmã, escuta-me: não ames.
Quando a teus pés um homem terno e curvo
Jurar amor, chorar pranto de sangue,
Não creias, não, mulher: ele te engana!
As lágrimas são galas da mentira
E o juramento manto de perfídia.

Jocosamente, Bandeira fez uma paródia e afirmou que se tratava de uma “tradução pra caçanje”.

Teresa, se algum sujeito bancar o sentimental em cima de você
E te jurar uma paixão do tamanho de um bonde
Se ele chorar
Se ele se ajoelhar
Se ele se rasgar todo
Não acredita não Teresa
É lágrima de cinema
E tapeação
Mentira
CAI FORA.

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